Sentada numa esplanada da baixa do porto, espero uma tosta mista que me enganar e fazer sentir que não estou sozinha á espera de quem não queria, ou por outra, preferia que fosse outro.
Vou ao teatro com um amigo, na boa. Ele precisa de espairecer, eu também. Ele tem os bilhetes, eu tenho o tempo.
O texto é bom, a encenação perfeita, a musica condiz e os actores do melhor. Apesar de complicado o texto, faz-me sentido, faz-me rir e abanar com a cabeça, como que a dizer "pois é".
Uma sátira entre a consciencia e a realidade e vice versa, descomplicando, uma sátira ao ser humano e ao poder da carne. E dizemos nós, em grego (adoro dizer isto) que a carne é fraca. Paradoxos é connosco. Lol
O amor, o amor e a realidade do amor e do amar.
Onde estamos nós? Em nenhures!!
Quando te quiz amar, não quiseste tu e agora vens, como que benzida, com asinhas de anjo, a pensar que conquistaste a sabedoria. Ai é? Então pega! Experimenta!!
Eu amo-te!! Safa-te!!
Hum....Que bom.......Amor da minha vida, adoro-te.............mel, açucar, melaço..........até enjoa...Passamos ao sexo, carnal, bom, prazer....infernal...e agora???
Ainda queres amar??
Pois é....!!
A consciencia!! Pum!! Matei-a, sem querer.
Oh! A vida! A vida! A vida corre, os carros, as contas, os empregos, as casas, as roupas, as mascaras, o "eu quero mostrar o que não sou", não nos deixa olhar para o mar, para o céu, para as árvores, para tudo o que é gratuito e belo, de facto.
E sem querer....Pum! Morremos, sem sermos, sem apreciarmos a vida, sem vivermos o verdadeiro amor.
Perdidos em nenhures, entre medos, hipocrisias, falsos conceitos, preconceitos, morais pré concebidas, esquecemo-nos de ser, porque achamos, que tal como eles, temos de representar para um publico que, a nós nem nos lembram e nem palmas nos batem no final´
É assim o teatro da vida, em nenhures, entre o querermos ser e o que de facto somos capazes de ser.
Há uns mais corajosos que outros, que ainda se atrevem a amar.
Esses, são talvez......Os tolos....
