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terça-feira, setembro 18, 2012

ela queria parar, do fundo da sua alma... mas a tristeza que a invadia impelia-a a ir, ir sempre, não pensando nos riscos que corria ou no dinheiro que gastava, ou na sua propria dignidade. a tristeza e a pouca vontade de viver sobrepunham-se a isso tudo.
de quando em vez, mas cada vez com mais frequencia, pensava numa boa maneira de morrer.
mar, casa, comprimidos, droga, tinha era de ser infalivel.
talvez droga e o mar fizessem um bom dueto. eram duas coisas que ela amava. o mar e os seu segredos, a droga onde os escondia. e os dias iam passando na vontade de siar, de desistir, parar de sofrer. e a droga acumulava-se no seu pensamento como uma onda gigante,... por vezes vazio...raramente com um pedaço de esperança...


quinta-feira, setembro 06, 2012

e a carrinha passa, todos os dias, sempre á mesma hora. Tráz um pouco de pão e uma mão cheia de calor humano. entregam esperança, na esperança de que o amanhã seja diferente, mas o dia acorda igual aos outros, ressaca, obsessão, a tenda ou o pano que os cobriu na noite anterior e um vazio no olhar.
a vontade de mudar partiu e com ela a esperança, para chegar um pouco depois de consumir e pensar.. amanha vai ser diferente.....
mas o amanhã não traz diferenças para aqueles que nada têm como referencia a não ser o bairro que os criou e os companheiros de luta que vão sobrevivendo.
e os dias vão passando... assim...