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sexta-feira, novembro 24, 2006

bolos de arroz

li um artigo numa revista, dessas que saem ao fim de semana com um jornal diario e apercebi-me o quanto a torrada, o scone ou o bolo de arroz nos confortam e nos tiram a sensação de solidão num daqueles dias em que o nosso telefone não toca, onde as prespectivas de fazer algo com alguém são nulas, enfim onde tudo se adivinha, não digo cinzento, porque não é, mas enfim.....sós. eu própria já me vi nesta situação um bom par de vezes, ou mais, num café á espera de, não sei bem o quê, onde todas as caras sorriem, zangam-se, melam-se (não sei se isto está bem, é de melado....lol) ao ouvir a voz do outro lado. uns falam ao telefone para exibir o seu telefone novo, 3G com camara incluida, outros porque lhes telefonam, outros tantos ligam a aguem que sabem não os vão rejeitar e outros ligam porque sim. porque nós humanos temos necessidade de falar, de conviver uns com os outros, de partilhar experiencias, problemas, sonhos, fantasias. e quando não temos ninguém com quem faze-lo a torrada, o scone ou o bolo de arroz são uma boa companhia para afogar e, quiçá, apagar o sentimento de vazio que se instala dentro de nós.

mas.......
mas muitas vezes tanbém nós temos a quem ligar, também toca o nosso telefone, mas não é nada daquilo que nos vai preencher, apesar de ficarmos contentes com a chamada, não é ela que nos tira do vazio criado por aquela fantasia, onde sonhámos....o mundo ia ser cor de rosa. e nesses dias, talvez, pintar um quadro, fazer uma poesia, ou até só um jantar especial nos faça aguardar até aparecer aquele/a ou aquilo a quem vamos mostrar o que fizemos num momento vulnerávele que descobre assim, quem nós somos na realidade..... e eu, continuo a aguardar,tentando, no entanto, não me esquecer daquilo que preciso ou mereço.

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