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segunda-feira, julho 31, 2006

férias

cá vai a teoria das férias porque, decididamente, não me apetece trabalhar.
férias é tempo para, descansar, relaxar, fazer malas, divertir, dormir, comer gelados, fazer banquetes de calorias para as gastar depois no mar, no rio ou numa caminhada pela montanha, conhecer, aprender, amar, apaixonar-se, por a leitura em dia, lavar o sofá, preguiçar, arrumar aquelas gavetas onde, há um ano, se espalham recordações de um inverno ou objectos comprados num momento ou local especiais, aos quais só damos valor na altura, meditar, pensar, decidir, mudar. é, as férias servem também para reflectir, para mexer naquelas coisas guardadas nas tais gavetas ou até no fundo do armário, que só nos recordamos quando pegamos naquelas roupas coloridas que nos fazem lembrar as férias do ano passado.... nas férias temos oportunidade de estar conosco, de olhar para dentro de nós, de nos questionarmos ou de, pura e simplesmente, nos deixarmos estar. e deixamo-nos estar quando tudo á nossa volta está bem, quando compramos o tal bilhete que programámos em fevereiro e vamos na companhia de quem sempre esteve ao nosso lado. euforicos, cheios de esperança, cheios de expectativas e com sede de conhecer o tal local que nos disseram "é lindo, fantastico, vão adorar". e lá chegados, apuramos todos os nossos sentidos e olhamos, cheiramos, ouvimo-nos e deslumbramo-nos com a paisagem, as pessoas e tudo o que é novo á nossa volta. descobrimos, provamos o prato tipico da zona, compramos o souvenir para a melhor amiga (não vá ela pensar que nos esquecemos dela), mais alguns para a familia, experimentamos 2 ou 3 lugares que nos aconselharam na recepção do hotel e elegemos um para passar o resto dos dias, com mais calma, menos stress, afinal são férias e ´não queremos regressar a casa mais cansados do que quando viemos. conhecemos o entertainer dos nossos filhos, ou aquele que nos entretem a nós mesmos, naquelas horas em que, de tanto tempo juntos, já não sabemos o que fazer ou dizer. dizemos bom dia em varias linguas, espalhamos sorrisos pelos corredores e salas do hotel, para á noite nos juntarmos no sitio, mais uma vez recomendado pela recepcionista perfeita, loira com a s unhas pintadas de um vermelho cereja e o sorriso muito bem colocado num rosto quase angelico. bebemos uns sumos, uns wiskies, ou aquela bebida que também é famosa naquele bar, cheia de cor e com a cereja a enfeitar o palito que o barman coloca com todo o cuidado. e depois dos copos vazios e de já termos conversado ou dançado tudo, percebemos que tal como os copos, assim são as nossas férias. acabam....uns levam a mala cheia de boas recordações, sorrisos para espalhar pelos colegas de trabalho que ainda não gozaram as férias, um bronzeado que nos torna tão especialmente atraentes e saudaveis e uma mão cheia de saudosismo, pode acontecer um ou dois kilitos a mais também....outros.... outros levam na cara a preocupação de como vão passar o resto do ano a pagar aquele emprestimo para as férias que, afinal, chegam á conclusão que "não foram tão boas quanto isso". e a vida é feita disto mesmo, escolhas. e eu escolhi encher a minha mala de boas recordações, sorrisos, memorias e acima de tudo, paz interior, que me vai dando a garantia de um ano sem muitos sobressaltos. e escolhi aproveitar o melhor do que já conheço, olhar para o lado que nunca tinha visto e acreditem que as praias do norte estão muito mais bonitas, a agua do mar mais quente e o sol mais luminoso. fico a aguardar pelas proximas férias fazendo com que, senão iguais, melhores do que estas. e para isso vou ter de me dedicar um pouquinho aqui ao trabalhito senão..................

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